O episódio #28 do Rasgaí conversou com o professor e pesquisador da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), o demógrafo Cesar Augusto Marques. Ele desenvolveu, junto a outras pesquisadoras, um estudo (acesse aqui) analisando os dados do ciclo de avaliação de 2013 a 2016 da pós-graduação brasileira. É importante ressaltar que os critérios de avaliação usados no ciclo 2013-2016 são substancialmente diferentes do atual, que avaliará o ciclo 2017-2020. Entre outras mudanças, por exemplo, a ficha que avaliava antes 5 dimensões, agora será baseada em 3 dimensões e os critérios buscam tornar a avaliação mais qualitativa na direção de valorizar os impactos e contribuições da produção científica dos programas de pós-graduação. Mesmo assim, é importante entender os processos passados para analisar o atual e o futuro.
A história da pós-graduação no Brasil remete à primeira metade do século 20. Um marco fundamental para sua institucionalização e organização foi a criação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em 1951, através do decreto nº 29.741, de 11 de julho 1951. O mesmo decreto estipulou um prazo para que a Comissão apontasse o formato da estrutura organizacional da entidade, deixando claro que a autonomia burocrática da agência foi um princípio original e que, em grande medida, confere até hoje o seu prestígio enquanto instituição de estado. Em 1965, o Parecer 977 de Newton Sucupira institucionaliza a conceituação que fundamentaria a pós-graduação brasileira. Com isso, institui-se as práticas e processos uniformizados para o que seria ratificado no Plano Nacional de Pós-Graduação na década de 70 e a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Pós-Graduação, em 1976.

Hoje o sistema de pós-graduação está organizado em 49 áreas de avaliação que se organizam dentro dos colégios de “Ciências da Vida”, “Humanidades” e “Ciências exatas, tecnológica e multidisciplinar“. Segundo a pesquisa desenvolvida por Cesar e colegas, os resultados do último processo avaliativo indicaram que o crescimento no número de cursos foi acompanhado pela manutenção da qualidade. 63,8% tiveram suas notas mantidas, 27,9% aumentaram as notas e apenas 8,3% apresentaram queda. Os itens que mais tiveram impacto nas variações de nota foram “Produção Intelectual” e “Corpo Discente, Teses e Dissertações”. No ciclo avaliativo 2013-2016, a dimensão de “Inserção Social” teve pouca interação com as alterações de nota e, portanto, justifica-se as mudanças no ciclo avaliativo 2017-2020. Além disso, o artigo destaca algumas diferenças em cada uma das áreas/colégios. Enfim, confira o episódio #28 e acesse o artigo completo para obter mais detalhes dos itens e quesitos que mais impactaram em cada área e o que afetou aumentos e quedas de notas em cada área.
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