Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YTHALO HUGO DA SILVA SANTOS
DATA : 10/12/2020
HORA: 14:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA VIA GERÊNCIA DE REDES CCET/UFRN – CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A TRANSMISSÃO DA BANCA
TÍTULO:
LEI DE COTAS NO ENSINO SUPERIOR: UMA ANÁLISE DA PERMANÊNCIA E DESEMPENHO DA COORTE DE INGRESSANTES EM 2014 NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


PALAVRAS-CHAVES:
Demografia da Educação; Ações afirmativas; Lei de Cotas; Ensino Superior; UFRN


PÁGINAS: 96
RESUMO:
O objetivo principal desse trabalho foi analisar a permanência e o desempenho da coorte de ingressantes na UFRN em 2014 dividida em cotistas, que utilizaram o mecanismo de reserva de vagas conforme Lei nº 12.711/12 (Lei de Cotas), e não cotistas. Para testar a hipótese de que não há diferença quanto à permanência e o desempenho entre alunos cotistas e não cotistas, utilizou-se uma base de dados contendo informações de 5.633 ingressantes no Campus Central da UFRN em 2014. As informações são provenientes do Observatório da Vida do Estudante Universitário (OVEU/COMPERVE) da UFRN. Utilizou-se o Propensity Score Matching para parear os grupos de cotistas e não cotistas. Para a consecução dos objetivos propostos, e considerando a divisão dos estudantes entre cotistas e não cotistas, realizou-se uma análise sobre o perfil sociodemográfico dos ingressantes, Análise de Sobrevivência para estimar os diferenciais sobre a permanência dos discentes ao longo de cinco anos, e Teste não-paramétrico para analisar diferenças no desempenho entre os estudantes dos dois grupos. Com relação aos principais resultados, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no desempenho (p-valor = 0,30) e na permanência (p-valor = 0,67) de cotistas e não cotistas quando avaliados de forma geral. Todavia, considerando a classificação dos cursos em quatro agrupamentos distintos, apenas naquele de maior nível de evasão (Grupo 4) verificou-se diferenças estatisticamente significantes na permanência entre cotistas e não cotistas, e com vantagens para esses últimos (p-valor = 0,05). Estes resultados confirmam parcialmente a hipótese de que não há diferenças na permanência entre cotistas e não cotistas. Quanto ao desempenho, verificou-se diferença estatisticamente significante entre cotistas e não cotistas considerando o agrupamento de cursos de maior concorrência e prestígio social (Grupo 1), com média ligeiramente superior no escore de desempenho para o grupo dos não cotistas (p-valor = 0,05). Outras características que apontaram para diferenças estatisticamente significantes na medida de desempenho, e maiores para discentes não cotistas, foram o ingresso em cursos de biomédicas (p-valor = 0,003) e a declaração de que trabalhavam ao ingressar na universidade (p-valor < 0,01). Estes resultados também confirmam parcialmente a hipótese de que não há diferenças no desempenho entre cotistas e não cotistas. De um modo geral o estudo contribui para a área ao apontar diferenças sociodemográficas bem definidas entre cotistas e não cotistas; que a evasão configurou-se como um problema relevante para toda a coorte analisada, mas que naqueles cursos de maior evasão a origem socioeconômica fez mais a diferença para a permanência; que os auxílios para permanência podem ter contribuído de maneira decisiva para a permanência de discentes cotistas; e que não se pode afirmar que o desempenho de cotistas é inferior ao de alunos cotistas ao menos para o conjunto total de dados.


MEMBROS DA BANCA:
Interno – 1346605 – FLAVIO HENRIQUE MIRANDA DE ARAUJO FREIRE
Externa ao Programa – 348094 – ILONEIDE CARLOS DE OLIVEIRA RAMOS
Presidente – 2081758 – LUCIANA CONCEICAO DE LIMA
Externo à Instituição – RODRIGO EDNILSON DE JESUS – UFMG

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